O Rio de Janeiro está vivendo um dos momentos mais críticos de sua história.
A catástrofe que começou no último dia 5 de Abril e que terá suas conseqüências visíveis por muito tempo vem mostrando que é justamente nestes momentos que a cidadania se faz presente.
Há mais de uma semana a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado em parceria com a Superintendência de Políticas para a Juventude criou o Comitê de Gestão de Crise.
Esta rede de solidariedade tem como objetivo tratar desde a remoção de famílias das áreas que estão sendo desapropriadas até o cadastramento das mesmas para o acesso do aluguel social, além de tratar da documentação dessas pessoas que, em muitos casos, perderam tudo.
“Precisamos entender que essas pessoas não têm mais nada. Perderam suas casas, suas famílias, tudo. O trabalho é muito difícil, temos que começar por aquilo que é essencial à sobrevivência, comida e higiene pessoal.” Afirma Rodrigo Abel, superintendente de Políticas para a Juventude.
O Comitê, que tem concentrado suas ações nos Morros do Céu, do Bumba e do Novo México em Niterói e no Morro do salgueiro em São Gonçalo tem colocado a mão na massa.
Arrecadando mantimentos, carregando e descarregando caminhões e visitando os abrigos das proximidades, o Comitê não pretende parar até que a situação dessas pessoas se estabilize de alguma forma.
“É preciso ter uma estrutura emocional muito forte para ver crianças querendo voltar para suas casas, querendo usar seus mesmos brinquedos, que não existem mais.” Revela Allan Borges, vice presidente do Conselho Estadual de Juventude, que confessa estar sem dormir desde o início do mutirão: “Há mais de uma semana estamos sem saber o que é uma cama e uma boa comida, mas é o nosso papel. É a escolha que fizemos” completa.
Entre em contato com a central de atendimento da SEASDH pelo telefone (21) 2334-5577 para fazer sua doação.
Fonte: Superintendência Estadual de Políticas de Juventude do RJ.